Seminário Teológico Evangélico Congregacional
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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Aniversário do STEC

Foto da década de 60 do Prédio do STEC, quando ainda era a Faculdade de Direito.

Este mês de Novembro o STEC está comemorando seus 28 anos de existência. Foram muitas as conquistas alcançadas e muitas vidas abençoadas ao longo desses anos. Fundado em 1982 o Seminário já formou dezenas de alunos, professores, pastores e missionários, como o Pastor Antônio P. Costa Júnior, a Missionária Eliete, a Missionária Zélia, atual coordenadora. 
Hoje contamos com cerca de 50 alunos e 15 professores, temos como diretora a Missionária Edileusa Oliveira Veras. No dia 25 deste mês estaremos comemorando nossos 28 anos durante a realização da 5ª Semana Teológica. Teremos a participação dos alunos que formaram um coral.

Convidamos a todos para junto conosco agradecer a Deus por essas bênçãos!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

PROCURANDO ORIENTAÇÕES PARA ENTENDER A BÍBLIA


– PB. 
GUSSO, Antonio Renato. Como Entender a Bíblia?- Orientações práticas para melhor compreender as Escrituras Sagradas. Curitiba-PR: SANTOS EDITORA LTDA, 1998, 108 páginas.

Atualmente como em nenhuma outra época pudemos observar tantas mudanças e pessoas em busca de conhecimentos. Isso contribui para desejarmos agir e nos comportar de maneira que consigamos atingir nossos objetivos. Geralmente, atribuímos estes desejos à motivação, então acreditamos que devemos estar motivados a buscar orientações para a interpretação correta das Escrituras Sagradas. O livro de Renato Gusso fala sobre as orientações práticas para a interpretação correta das Escrituras Sagradas.

Existem muitas pessoas, que dizem conhecer a Bíblia, mas dizer que eles sabem articular a perspectiva bíblica sobre as últimas coisas é ingenuidade. Em “Como Entender a Bíblia?” Antonio Renato Gusso mostra de forma simples, sucinta e objetiva, explicar todo raciocínio das práticas para interpretação da Bíblia. O autor desta obra o pastor e professor, Renato Gusso consegue apresentar em termos simples e sem tecnicismos de compêndios especializados em Hermenêutica Bíblica, noções básicas que muito ajudarão, igualmente, ao pregador e ao professor da Bíblia, pastor ou “leigos” e com certeza lhes abrirão o apetite para textos mais alentados, nesse campo de teologia.

Este livro é construção, é forma, mas é também história. Ainda neste ponto tem mais coisas: mesmo um livro curto e de fácil leitura em geral como este não demora menos de 5 horas para ser lido a refletir sobre a obra do autor. “Sejamos zelosos. Não podemos interpretar a Bíblia de forma irresponsável. Ela contém material muito sério, não pode ser tratada com leviandade” (p. 3).

Portanto os 15 capítulos deste livro mostram a mensagem real e necessária, que a tarefa de interpretar a Bíblia requer muitos cuidados básicos, contra as maiores aberrações que se tem verificado no ensino da pregação da Bíblia deve-se, em grande parte, ao desconhecimento de regras elementares e de cuidados básicos em relação à leitura e interpretação das Escrituras Sagradas, que não podem ser negligenciados por nós. “A Bíblia é livro de religião e nessa matéria não há nela nenhum equívoco ou afirmação errada. Isto deve bastar-nos. Que os livros de ciências falem de ciências, de religião verdadeira fala a Bíblia” (p. 84).

Resta aos professores de seminários, alunos, pastores, evangelistas, pregadores e leitores em geral, aplicar as orientações práticas do autor para a Interpretação Correta das Escrituras Sagradas.
Que esta obra venha a servir de motivação para uma busca ainda maior e mais sensata dos melhores métodos e formas de interpretação das Escrituras Sagradas, que os leitores, pelos próprios esforços combinados com a graça do Senhor, cheguem aos verdadeiros significados de cada porção da Bíblia, descobrindo, desta forma, aquilo que Deus tem a dizer para a sua vida.


Antonio Ordonio Magalhães
Seminarista do STEC e Pastor da Igreja Batista Betel em Esperança – PB.
– PB.

A RESPONSABILIDADE HUMANA

PACKER, J.I. A evangelização e a soberania de Deus - se Deus controla todas as coisas, por que evangelizar?. São Paulo: Editora cultura cristã, 2002, pp.112.

     A evangelização e a soberania de Deus resultam em perguntas se DEUS controla todas as coisas por que evangelizar?James Ian Packer estudou na universidade de Oxford onde se formou em teologia em 1952 e doutorou-se em filosofia em 1952, foi ordenado ministro, servindo como ministro assistente da igreja de Saint John, na Inglaterra. Levar a palavra despertamento para os cristões com o intuito de compromisso com a evangelização. É muito importante o tema abordado no livro, pois fala das dificuldades que os cristãos estão passando por não se despertarem para aquilo que Deus convoca.
     Os três primeiros capítulos resultam em questões, a respeito da evangelização e soberania de Deus, onde surgem perguntas e ate indagações, como se Deus é soberano no mundo por ele criado, no capítulo primeiro então qual seria a importância e até o poder da oração? A oração do cristão não é nem uma tentativa de forçar a mão de DEUS, mas um humilde reconhecimento da nossa impotência e da total dependência de Deus. Packer relatar que oração é um ponto muito importante, comparado como uma arma com muito efeito e através dela podemos ver o impossível.
     No capítulo dois o autor não descarta a responsabilidade humana nos convocando a refletir sobre á natureza do trabalho evangelístico do cristão. A soberania de Deus e a responsabilidade humana e que também é ensinado como se Andassem separados, isso não é verdade elas tem que andar lado a lado e de fato ambas são regidas pela autoridade divina segue-se que elas devem ser mantidos. O homem e o agente moral responsável pela a evangelização, e ao mesmo tempo e controlado pela divindade soberana de Deus, pois cabe-nos como seres humanos falarmos daquilo que através do sacrifício crucial que chegamos ao pleno conhecimento da salvação.no Capitulo terceiro. O autor relata que temos sim uma responsabilidade, mas não podemos desprezar á essência de Deus, pois e através desta essência que o pecador chega ao pleno conhecimento da verdade. Daí surgem perguntas como o que é evangelização? O mesmo levanta uma critica que cristões evangélicos não precisassem perde tempo discutindo esta questão, pois é clara e objetiva. É uma mensagem anunciada, as boas novas de salvação. No Capitulo quarto. A evangelização e uma incumbência que Deus atribuiu a todo seu povo, e trata-se da tarefa de comunicar a mensagem do criador a toda uma humanidade rebelde que se distanciou dele através do pecado, é uma mensagem que começa com informações que desrespeita em Deus torna seu filho em um salvador perfeito para os pecadores, e termina com um convite que é a convocação de Deus a humanidade em geral para achegar-se ao salvador. O próprio Packer fala que a crença na soberania de Deus não afeta a necessidade de evangelização, permanece o fato que ela é necessária porque nem um ser humano pode ser salvo sem o conhecimento do evangelho.

    É um livro com um conteúdo muito atraente e admoesta o leitor para uma responsabilidade que foi dada a todos que já chegaram ao conhecimento da verdade. No entanto faltou clareza da parte do autor em dados assuntos: no inicio do capitulo primeiro quando o mesmo se refere a oração ,não explicando objetivamente sua exposição.

   Observamos que: os cristãos devem estar mais preocupados e dedicados ao trabalho evangelístico, do que com suas questões individuais, e que a mensagem evangelística e uma reflexão expondo a cruz, o pecado do mundo e a salvação, que para um evangelista deve-se possuir amor pelas almas. Assim como que Cristo amou o pecador independente dos seus erros, pois Deus e compassivo e misericordioso.       
                                                                                                     
          


Maria das Dores Barbosa da Silva. Aluna do STEC Campina Grande-PB.                        

MULHER SEM NOME, MAS COM UM DEUS E UMA MISSÃO

DUSILEK, Nancy Gonçalves. Mulher sem nome – dilemas e alternativas da esposa de pastor. São Paulo: Vida, 2003, 96p.

Nancy Gonçalves Dusilek, natural de Suzano, São Paulo, nasceu em um lar cristão, é Bacharel em Educação Religiosa (IBER – Instituto Batista de Educação Religiosa) e licenciada em Letras pela Faculdade Veiga de Almeida, ambos no Rio de Janeiro. Casada com o Pr. Darci Dusilek, é mãe de Sérgio e Heloísa Dusilek. É autora dos livros Liderança Cristã, Cristo em Minha Vida Diária e A Família no Plano de Deus, e redatora de revistas cristãs como Mulher Cristã Hoje e Vida Cristã.
A autora, na obra Mulher sem nome – dilemas e alternativas da esposa de pastor, utilizando-se de sua experiência de vida, se propõe a discutir dilemas tão comuns a essas mulheres e apresenta alternativas, formas de enfrentar, as mais diversas situações com o intuito de levá-las “a assumir o compromisso de melhor servi a Deus, e a caminhar nesta vida com alegria e consciência de seu privilégio e responsabilidade como esposa de pastor”. (p.10).
Ao tratar dos principais assuntos e interesses dessas mulheres, Nancy Dusilek, busca conscientizá-las da missão que receberam de Deus: o importantíssimo e muitas vezes não reconhecido papel de mulher sem nome.
O livro foi pensado para suprir a carência de literatura do gênero, que visa orientar mulheres jovens ou recém-chegadas à posição de esposa de pastor, a enfrentarem a dificuldade de escolher a melhor maneira de agir nas mais variadas situações. No entanto, a autora adverte que não propõe “um modelo ideal de esposa de pastor”, pois, como reconhece: “Isto não existe”. (p.10).
A obra apresenta-se dividido em 15 capítulos que discutem os mais diversos aspectos da vida da mulher de pastor. Do primeiro ao sexto capítulo, a autora apresenta os mais íntimos sentimentos, questionamentos, anseios e limitações dessa mulher. Analisa as possíveis circunstâncias que a levaram a se tornar esposa de pastor; destaca a diferença entre o ser e estar esposa de pastor, apontando para a necessidade de ‘vestir a camisa’ mental, emocional e espiritualmente da “desafiadora posição que passará a ser ocupada pela mulher que Deus colocou ao lado de um homem vocacionado”. (p.17). Trata ainda nesses capítulos do anseio e necessidade dessa mulher crescer pessoalmente e de ser reconhecida como gente também, e não apenas um apêndice do esposo-pastor.
O sétimo capítulo discute as cobranças feitas a esposa de pastor pela família, sociedade e, principalmente, pelas ‘ovelhas’ do esposo, que muitas vezes exigem algo impossível, esperam que ela seja exemplar em todas as áreas – “ deve saber música, trabalhar com crianças, ser uma visitadora excelente (...), conselheira exemplar, além de primorosa mãe e dedicada esposa. (...) Essa mulher não existe.” (p.23).
Do capítulo oito ao décimo primeiro, Dusilek discorre sobre um ponto primordial na vida de uma esposa de pastor – a família. Família que é como       “aqueles manequins que estão sempre na vitrine das lojas. Os transeuntes passam; uns olham, gostam ou não, enquanto outros são indiferentes. O fato é que estar em constante exposição é uma situação desconfortável para qualquer pessoa” (p.43). Fato que torna ainda mais difícil o ser família de pastor. Tratando não apenas da mulher, mas de todos os que constituem ‘a família do pastor’: filhos, netos, genros, noras e o próprio pastor. A autora de maneira clara trata os inúmeros desafios de pertencer a esta família. Como o relacionamento conjugal que deve ser exemplo para os demais; as atitudes quanto à educação, comportamento e amizades dos filhos que devem ser ‘irrepreensíveis’ e quanto ao relacionamento com os cônjuges destes, seus familiares e descendentes.
No décimo segundo capítulo o tema é a vida financeira da família pastoral e as variantes que compõem esse assunto, orienta como administrar as finanças e discute a necessidade de reconhecimento pela igreja, de atender com um salário justo e digno as necessidades básicas do pastor e sua família, tal como é necessário a qualquer outra família. Pois, “alimento, moradia, locomoção, lazer, estudo, roupa, móveis, e outros itens, são aquisições que dependem de dinheiro. E a família do pastor não é exceção.” (p.69).
A organização e a privacidade do lar pastoral ou falta dela, são tratadas no décimo terceiro capítulo que destaca a necessidade da esposa ter a sabedoria de discernir e fazer discernir pelos demais que a sua casa e de sua família não é uma extensão da igreja. Apresenta ainda, o lar da esposa de pastor como o “centro das visitas” e a importância de sempre mostrar-se hospitaleira e a necessidade da colaboração do restante da família para o excelente funcionamento deste lar. (p.77).    
As dificuldades enfrentadas por ela e sua família ao lidar com as sempre possíveis mudanças de igreja, cidade e até mesmo país e suas implicações como separar-se da família, amigos, irmãos, vizinhança, mudança de colégio dos filhos e o desafio de adaptar-se em um novo lugar, casa e igreja com novos amigos, irmãos e vizinhança são discutidas no décimo quarto capítulo que, mostra essas mudanças, apesar de muitas vezes dolorosas, como novas oportunidades da ‘mulher sem nome’ entender que em “cada lugar que está o leque de amigos e conhecidos aumenta, e o número de pessoas às quais se pode ministrar, na dependência de Deus, também cresce.”(p.84).
No último capítulo a autora discute uma fase “complicada” na vida da esposa de pastor, quando esta além de não ter nome, também não tem igreja, seja quando seu marido deixa de pastorear igreja e passa a exercer algum outro cargo denominacional, ou quando essa mulher perde seu marido, seja pela morte deste ou pela separação. Nancy Dusilek ressalta, no entanto, que o termo “mulher sem igreja” é força de expressão, pois, se o “seu compromisso é com Deus, e costuma usar os dons em quaisquer circunstâncias, (...), esta mulher certamente continuará a usá-los no serviço do Reino. O compromisso é primeiro com Deus.” (p.93).
Em Mulher sem nome, Nancy Dusilek, cumpre o que propõem no início do livro que é ajudar essa mulher “a assumir o compromisso de melhor servi a Deus, e a caminhar nesta vida com alegria e consciência de seu privilégio e responsabilidade como esposa de pastor”. (p.10).
Enfim, ao discutir os dilemas de uma esposa de pastor, Nancy Dusilek tem a atitude mais valiosa que o ser humano pode ter que é reconhecer a soberania, sabedoria e o cuidado de Deus em todos os âmbitos da vida dessas mulheres pois, como afirma: “Deus não confia responsabilidades a pessoas que Ele sabe, (...) que não serão capazes de as cumprir. Ele confia em nós, e nos capacita para o desempenho da tarefa. Ele jamais nos deixa sozinhas.”(p.95).
No entanto, a autora ao se propor a escrever sobre questões que dizem respeito às esposas de pastor e para sanar a ausência perceptível de literatura do gênero, perde a magnífica oportunidade de fazer uma pesquisa mais apurada, mostrando apenas seu ponto de vista como esposa de um pastor. Ao invés de buscar apenas em outras mulheres de pastor seus dilemas, deveria também buscar nessas experiências alheias, alternativas para contrapor-se a estes dilemas.
Contudo, essa lacuna não tira da obra seu valor como um precioso “manual” para mulheres que se encontram na posição de esposa de pastor, seja ela iniciante ou experiente, mas, que encontrará neste livro um norteador que lhe ajudará a enfrentar alguns dos muitos dilemas de uma ‘mulher sem nome’.  
O livro, embora, tenha sido pensado para atender algumas das carências de esposas de pastor, é recomendado tanto para estas e para as futuras esposas de pastor quanto para seus filhos e esposos como também para suas ‘ovelhas’ e para todos quantos queiram conhecer um pouco do universo dessa “mulher sem nome”, porém, com um Deus soberano e uma missão singular.

Nayonara Taís Ramos de Mélo
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 Seminarista do Seminário Teológico Evangélico Congregacional – STEC, Campina Grande/ PB.  Pós- graduada em História do Brasil pela UEPB. Leciona História no Ensino Médio da Escola Estadual Joana Emília, Fagundes/PB.

Semana Teológica 2013